MATÉRIAS

A EPM/UNIFESP e a SPDM no Xingu: Avaliação dos 45 anos de trabalho com os povos indígenas

Assistência de saúde da Unifesp aos povos indígenas do Xingu corria o risco de terminar por falta de recursos

No mês de junho, a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina e a Unifesp realizaram um evento em parceria para avaliar os 45 anos de atuação do Projeto Xingu e sua efetiva contribuição no âmbito da educação, da pesquisa e da assistência à saúde dos índios da região. Além de lideranças indígenas da região, o evento contou com a presença do dr. Rubens Belfort Jr., presidente da SPDM, do dr. Walter Albertoni, reitor da Unifesp, e de representantes dos Ministérios da Saúde e da Educação, da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e de conselhos indígenas.
 
Cacique Kuiussi, do Povo Indígena Kisêdjê, anteriormente conhecidos como Suiá
 

O Projeto Xingu é um programa de extensão do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que mantém atividades no Parque Indígena do Xingu (PIX), no estado de Mato Grosso, desde 1965. O Hospital São Paulo, da SPDM, que desde o início recebeu os pacientes do PIX, hoje é referência nacional para média e alta complexidade em saúde indígena e possui um ambulatório específico para o atendimento aos pacientes indígenas – o Ambulatório do Índio. São princípios norteadores do trabalho a interculturalidade, a integralidade e a intersetorialidade, expressos nos programas de capacitação e formação de recursos humanos, incluindo indígenas, e na organização diferenciada dos serviços locais de saúde, articulados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao longo dos 45 anos de trabalho no Xingu, as atividades foram se ampliando e se modificando, assim como a realidade epidemiológica e sociocultural dos povos que habitam aquelas terras indígenas. O trabalho teve início em 1965, quando a Escola Paulista de Medicina começou a enviar equipes de médicos e enfermeiras quatro vezes ao ano à região, além de disponibilizar o Hospital São Paulo para atendimento de casos clínicos ou cirúrgicos especializados e prestar atendimento na região quando ocorriam epidemias. A partir de 1990, o Projeto Xingu deu início à formação dos agentes de saúde e de auxiliares de enfermagem indígenas, com temas referentes a atenção primária, saneamento, técnicas de enfermagem e de laboratório. Os cursos têm sido realizados de forma modular e persistem até os dias de hoje, formando novas turmas. A SPDM acompanhou, como parceira, todo esse período, possibilitando a contratação das equipes que atuam no Projeto Xingu.

Segundo o professor Douglas Rodrigues, chefe da Unidade de Saúde e Meio Ambiente do PIX, a responsabilidade federal em relação aos povos indígenas, calcada em políticas de proteção estatal aos índios, vem cedendo espaço para uma interlocução não isenta de conflitos que se abre para um país multinacional e multicultural. Conhecer, compreender e estabelecer novos debates, diálogos e oportunidades de trabalho nessas perspectivas é um dos rumos a que o Projeto Xingu está se propondo.

O professor explica que a Unifesp tem um compromisso histórico, ético e afetivo com os índios do Xingu. “Os índios entendem, assim como nós, que o modelo de atenção à saúde que existe hoje no Xingu é fruto do trabalho conjunto dos povos indígenas do Xingu e dos profissionais do projeto ao longo de muitos anos. E estão, assim como nós, preocupados, pois a continuidade desse trabalho está sendo gradativamente inviabilizada pelas dificuldades de gestão do subsistema de saúde indígena e pelos consequentes problemas para o financiamento das atividades que são realizadas cotidianamente nas aldeias.” Ele explica, ainda, que a reitoria da Unifesp e a presidência da SPDM acataram uma solicitação das lideranças indígenas do Xingu no sentido de proporcionar um espaço de discussão do modelo de atenção à saúde indígena desenvolvido ao longo dos anos no PIX e de avaliação qualitativa, feita pelos líderes dos povos xinguanos, dos resultados alcançados.

Conforme a expectativa, a oportunidade de diálogo com as autoridades indicou alternativas, tanto para a continuidade do trabalho no Xingu quanto para o avanço do subsistema de saúde indígena no país. Na condição de representante do Ministério da Saúde, o dr. Antonio Alves de Souza, atual secretário de Gestão Estratégica e Participativa, que coordena o trabalho de saúde indígena do Ministério, reiterou a importância do trabalho da Unifesp junto aos índios do Xingu e recomendou a renovação do convênio com a Funasa até o mês de outubro, para garantir a continuidade do trabalho até a definição de novos rumos. “Assim, conseguimos solucionar a situação de momento e criou-se a perspectiva de uma parceria efetiva entre a SPDM – já habilitada junto à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a Unifesp e a nova Secretaria Especial da Saúde Indígena, do Ministério da Saúde, que deve ocorrer ainda neste ano”, concluiu o professor Douglas Rodrigues.

 
Da esquerda para a direita, Dra. Lavínia Oliveira, Dr. Roberto Geraldo Baruzzi, Dr. Walter Albertoni, Reitor da Unifesp, Dr. Rubens Belfort Jr, Presidente da SPDM, Dra. Sofia Mendonça, Dr. Douglas Rodrigues, Coordenador do Projeto Xingu e representantes de tribos Indígenas da região
Coral Guarani M'Bya da aldeia Tekoa Pyau, do Pico do Jaraguá
Dr. Rubens Belfort Jr, Presidente da SPDM
   

Hospital São Paulo/SPDM rumo à acreditação da ONA

Qualidade é a palavra de ordem em todos os serviços de saúde, e não poderia ser diferente no Hospital São Paulo/HU/SPDM. A acreditação pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) se tornou uma meta de todos os que atuam no HSP.
 
 
A ONA é uma certificação de qualidade na área da saúde baseada na tríade segurança (estrutura), organização (processo) e excelência (resultado), com foco maior na segurança do paciente e no gerenciamento de risco. Diferente da ISO, que certifica os processos, a ONA só concede a acreditação se todos os setores estiverem em conformidade. “Por exemplo, se todos os setores tiverem nível 2 mas um tiver nível 1, o hospital todo receberá o nível 1”, explica Márcia Baruzzi, coordenadora do Escritório de Qualidade do HSP, atualmente subordinado à diretoria técnica do Hospital São Paulo, sob responsabilidade do prof. dr. Marcelo Burattini.

“Optamos pela ONA por acreditar que ela está mais adequada à nossa realidade: um hospital universitário de alta complexidade, grande porte – 764 leitos –, com estrutura antiga e do SUS, características que tornam esta instituição muito complexa”, ressalta. “Entre o Pronto-Socorro e o Pronto-Atendimento são atendidas cerca de 4 mil, 4.500 pessoas por dia. Diariamente são servidas 1.100 refeições e processadas 4,5 toneladas de roupa.”

Segundo a coordenadora de qualidade, o processo teve início com o Projeto de Modernização do Hospital São Paulo, para adequação à legislação vigente, com adaptação de diversas áreas, que estão passando por reformas. “No momento, estamos fazendo auditorias, com o apoio dos multiplicadores, para mapear os riscos e avaliar as não conformidades, através do cruzamento da legislação com o Manual de Acreditação da ONA para, assim, ter uma ideia do nível do hospital: 1, 2 ou 3”. Ela explica que foi desenhado um Sistema de Gestão de Qualidade para o perfil do hospital, composto de cinco macroprocessos (assistência, abastecimento, apoio técnico, apoio diagnóstico e administração da informação), além de processos gerais e específicos relacionados a essas áreas. A ideia é que sejam criadas unidades de negócios e, posteriormente, de serviços entre essas. “Começaremos com algumas unidades piloto para depois expandir para todo o hospital, formando uma grande rede.”

Faz parte do planejamento chamar uma auditoria externa para fazer um diagnóstico informal, que balizará as correções necessárias, para então solicitar a visita formal da ONA. “Temos um cronograma justo e uma meta bastante ousada: obter os níveis 1 e 2 em dois anos”, finaliza a coordenadora de qualidade.
   

Médicos do Hospital São Paulo/SPDM realizam cirurgia cardíaca inédita no Brasil

A equipe de cirurgia cardíaca do Hospital São Paulo/SPDM realizou um procedimento inédito no Brasil e na América Latina: a substituição de uma válvula mitral por meio de um cateter. Por ser minimamente invasivo, o risco de complicações é bem menor – menor sangramento, menor risco de infecções, menor tempo de UTI e tempo de internação, menos dor, menos utilização de sangue. “Até quatro anos atrás, todas as cirurgias de válvula exigiam um corte enorme, a abertura do esterno e o uso de circulação extracorpórea. A novidade é que estamos tratando uma válvula cardíaca com o uso de cateter, sem visão direta, por meio de um aparelho de raios X”, explicam o dr. Honório Palma e o dr. Diego Gaia, cirurgiões cardíacos responsáveis pela equipe.

Essa nova tecnologia foi criada para uma população que tem grande risco numa cirurgia tradicional, que é a dos idosos. Por enquanto, será reservada a pacientes que tenham sido submetidos a cirurgias repetitivas. Num desses casos, a paciente, uma dona de casa de 78 anos com quatro cirurgias cardíacas prévias – duas de abertura da válvula para passagem do sangue e duas para colocação de válvula biológica – iria para a quinta cirurgia cardíaca, para a substituição da válvula desgastada, com risco muito grande, potencializado por comorbidades. Seu histórico teve início há 20 anos, com uma doença reumática que causa estenose (estreitamento) da abertura da válvula mitral que aumenta a resistência ao fluxo da corrente sanguínea da aurícula esquerda para o ventrículo esquerdo. Segundo Palma , esse procedimento só foi possível graças à atuação conjunta das equipes de cirurgia cardíaca, cardiologia clínica e anestesia, coordenadas pelo dr. Enio Buffolo.

Ele ressalta que o projeto é nacional, resultado da colaboração entre uma empresa privada – Braile, de São José do Rio Preto –, o Hospital São Paulo, a Unifesp e a Fapesp. “A grande vantagem é que isso proporcionará a utilização de novas tecnologias a uma parcela da população que não teria acesso às válvulas importadas devido ao alto custo.”

A cirurgia foi um sucesso e o pós-operatório está evoluindo favoravelmente.
   

A crescente importância da Oncologia no complexo Unifesp-Hospital São Paulo/SPDM

Dentro de alguns anos, o câncer será a principal causa de morte no Brasil, superando até as doenças cardiovasculares. A afirmação é do dr. Sérgio Simon, professor-adjunto do Departamento de Oncologia Clínica e Experimental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explicando o fenômeno causado pelo envelhecimento da população e a necessidade de incrementar os serviços de oncologia no complexo Unifesp - Hospital São Paulo / Hospital Universitário/SPDM para atender a essa demanda.

Segundo ele, a geração que hoje está cursando a faculdade de Medicina terá de lidar com uma população muito diferente da atual. A expectativa de vida do brasileiro, que era de 45 anos no começo do século 20, hoje está em torno de 73 anos. “Até um passado recente, as pessoas morriam bem mais jovens, principalmente devido a doenças cardiovasculares, como derrame e infarto agudo do miocárdio, problemas que estão diminuindo, porque as causas – colesterol, pressão alta, diabetes – estão mais controladas, principalmente devido à mudança de hábitos da população. Hoje é comum encontrarmos velhinhos esbeltos praticando exercícios e até correndo na São Silvestre.”

Diante desse panorama, os serviços de saúde têm de estar preparados para cuidar dessa população daqui a cinco, dez anos. Daí a necessidade de otimizar os recursos disponíveis em favor dos pacientes, já que um dos grandes segredos do sucesso do tratamento do câncer é a abordagem multidisciplinar. “Isso existe no mundo inteiro, é o tumor board”, explica o dr. Simon. “Nossa proposta é montar um serviço integrado de oncologia geral no complexo Unifesp/Hospital São Paulo/SPDM para que os pacientes possam ser assistidos por uma equipe multiprofissional, que planeje o tratamento em conjunto. O paciente ganhará tempo, e aumentarão suas chances de cura.”

Câncer x expectativa de vida

Atualmente, no mundo inteiro, morrem cerca de 6,5 milhões de pessoas vitimadas pelo câncer a cada ano. “E a tendência é que isso aumente muito, devido ao crescimento da expectativa de vida da população. Quanto mais se vive, maiores são as chances de desenvolver um câncer, que é uma doença degenerativa”, diz Simon. Por enquanto, o maior vilão continua sendo o cigarro, responsável por 30% dos casos de câncer de pulmão, cabeça e pescoço (boca, língua, faringe), bexiga e rins – o fumo acelera a quebra do DNA. Outra causa importante é o álcool, que, além da cabeça e do pescoço, é um dos principais
causadores do câncer de mama, devido às alterações metabólicas importantes que causa em mulheres alcoólatras. A alimentação também tem papel significativo nesse cenário, já que a dieta ocidental, com baixa ingestão de fibras e alto consumo de gordura animal e muita fritura, pode causar câncer de intestino.

   

São Paulo ganha primeiro hospital de transplantes do País, administrado pela SPDM

No dia 15 de junho de 2010, foi inaugurado oficialmente o Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo Euryclides de Jesus Zerbini, antigo Hospital Brigadeiro, administrado pela SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. A nova instituição terá capacidade para fazer cerca de 600 transplantes por ano de rim, pâncreas, fígado, medula óssea e córneas. Nos primeiros seis meses do ano, já foram realizados 53 transplantes de rim.

Segundo o dr. Nacime Mansur, superintendente das unidades afiliadas da SPDM, o novo hospital possibilitará aumento de 10% dos transplantes em São Paulo, diminuindo a fila dos que aguardam por um órgão – atualmente, cerca de 12 mil pacientes esperam por um transplante. “A expectativa é que o Euryclides de Jesus Zerbini se torne uma referência nacional e internacional na área de transplantes.”

Em janeiro de 2010, a SPDM assumiu a direção do Hospital Brigadeiro com o objetivo de tornar a instituição um centro de alta complexidade, difusor de conhecimento, capacitação e formação de recursos humanos. Com infraestrutura moderna e equipamentos de última geração, oferece nove salas de cirurgia, 153 leitos de internação, sendo 21 de UTI, três Unidades de Terapia Intensiva – intermediária, adulta e pediátrica –, além de 41 consultórios para acompanhamento ambulatorial dos pacientes. Atuam na instituição cerca de 900 colaboradores, entre profissionais de saúde e da área administrativa.

“Desde a sua fundação, em 1933, a SPDM tenta e consegue inovar”, ressaltou o dr. Rubens Belfort Jr., presidente da SPDM. “Queremos construir junto com a Secretaria de Saúde o melhor instituto de transplantes do país, um hospital público que tenha um recorde de transplantes, inclusive de córnea. Os servidores da Unifesp estão indo além da universidade, além da Vila Clementino.”

Durante seu discurso, o governador Alberto Goldman destacou a importância de organizações como a SPDM para o aprimoramento dos serviços prestados à população. “Hoje as organizações sociais fazem um trabalho de gestão essencial, sem o qual não teríamos o funcionamento que temos do setor público nas áreas da saúde e da cultura, que é a forma que temos de modernizar a administração pública.”

“Reunimos um conjunto de craques do primeiro time para fazer deste hospital uma referência em transplantes, melhorando ainda mais o SUS em São Paulo”, disse o secretário Luiz Roberto Barradas Barata.

O evento de inauguração contou com a presença do governador Alberto Goldman, do secretário estadual de Saúde, dr. Luiz Roberto Barradas Barata, e do prefeito Gilberto Kassab.
 
Prefeito Gilberto Kassab, Dr. Rubens Belfort Jr, Presidente da SPDM–Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, Dr. Luiz Roberto Barradas Barata, Secretário de Saúde do Estado de São Paulo e Governador Alberto Goldman
Dr. Nacime Salomão Mansur, Superintendente das Unidades Afiliadas da SPDM, Dr. Walter Albertoni, Reitor da Unifesp, Dr. Luiz Roberto Barradas Barata, Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Prefeito Gilberto Kassab, Governador Alberto Goldman, Dr. José Osmar Medina Pestana, Diretor–Superintendente do Hospital do Rim e Hipertensão e Dr. Rubens Belfort Jr, Presidente da SPDM
Dr. Luiz Roberto Barradas Barata, Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Prefeito Gilberto Kassab, Governador Alberto Goldman, Dr. José Osmar Medina Pestana, Diretor–Superintendente do Hospital do Rim e Hipertensão e Dr. Rubens Belfort Jr, Presidente da SPDM
Dr. Luiz Roberto Barradas Barata, Secretário de Saúde do Estado de São Paulo
Dr. Luiz Roberto Barradas Barata, Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Prefeito Gilberto Kassab, Governador Alberto Goldman e Dr. Rubens Belfort Jr, Presidente da SPDM
   

Hospital São Paulo/SPDM obtém primeiro lugar na planilha de recursos do MEC

O Hospital São Paulo obteve o primeiro lugar, com 13 mil pontos, num ranking baseado em indicadores de ensino, pesquisa e gestão realizado entre os 46 hospitais universitários do Ministério da Educação (MEC). A avaliação, renovada a cada seis meses, é baseada numa lista de critérios estipulados pelo MEC. Segundo o dr. José Roberto Ferraro, superintendente do HSP/Hospital Universitário/SPDM, esse resultado é importante porque demonstra o potencial do HSP entre seus pares e também porque a instituição terá de defender sua posição de liderança, que será reavaliada duas vezes ao ano. “Como primeiro colocado, nós vamos receber praticamente 10% do montante dos recursos. Essa verba será utilizada para custeio do hospital – compra de insumos, equipamentos e melhoria da infraestrutura.”

Os hospitais universitários receberão verba para investimento em infraestrutura, manutenção e recursos humanos. Os recursos vêm de um empréstimo do Banco Mundial (Bird) e integram o plano de ações do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). Numa segunda etapa, os hospitais universitários apresentarão projetos que, após aprovação, também receberão recursos do Rehuf.

   

SPDM assume gestão do Hospital Municipal de Uberlândia

A SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina fechou um contrato de gestão com a Secretaria Municipal da Saúde de Uberlândia (MG) para gerenciar o Hospital Municipal de Uberlândia, com 250 leitos, que será inaugurado em setembro próximo, com capacidade para 900 saídas por mês. Além de Pronto-Socorro e Maternidade, serão atendidas especialidades clínicas e cirúrgicas.

Trata-se de um hospital geral, de média complexidade, que deverá solucionar a falta de leitos na cidade, que atualmente conta apenas com um hospital público – o da Universidade Federal de Uberlândia. “A princípio, conseguiremos desafogar a rede pública, que acaba sobrecarregando as Unidades de Atendimento Integrado (UAI), explica o dr. Nacime Mansur, superintendente das unidades afiliadas da SPDM. Segundo ele, nos próximos dias serão enviadas à cidade equipes da SPDM para dar início à gestão do hospital, que se encontra em fase de acabamento e instalação de mobiliário e equipamentos, além de promover o processo seletivo para a contratação de profissionais locais.

O município de Uberlândia, localizado na região do Triângulo Mineiro, no estado de Minas Gerais, se destaca ainda por sua vocação para o turismo de negócios. Com uma população de mais de 600 mil habitantes, a cidade possui estrutura e posição geográfica privilegiada. Uberlândia está localizada próximo aos grandes centros do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Brasília.
   

SPDM e Oftalmologia da Unifesp realizaram primeiro mutirão de atendimento às crianças triadas pelo Projeto Visão do Futuro 2010

No mês de junho, a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina e o Departamento de Oftalmologia da Unifesp, em parceria com o Instituto da Visão e com as secretarias estaduais de Educação e Saúde de São Paulo, realizaram seu primeiro mutirão de atendimento às crianças previamente triadas pelo Projeto Visão do Futuro 2010. Nessa primeira edição, 403 crianças passaram por avaliação oftalmológica, com 184 prescrições de óculos.

O Projeto Visão do Futuro, uma iniciativa do Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo (Fussesp), em parceria com a Associação das Consulesas de São Paulo (Aconsp), com as secretarias municipais e estaduais de Educação e Saúde e com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, tem por objetivo rastrear problemas oculares/visuais nos escolares matriculados na 1a série do ensino fundamental das escolas públicas de São Paulo. Além do diagnóstico e do suporte aos alunos com problemas de visão, o programa, com base nos resultados obtidos, realiza um estudo sobre a saúde visual das crianças.

Estão agendados para o ano de 2010 mais cinco mutirões, com atendimento estimado de 800 crianças em cada edição.
   

Prefeito Eduardo Paes e governador Sérgio Cabral inauguraram as duas primeiras unidades da Clínica da Família, administradas pela SPDM, nos bairros de Santa Cruz e Paciência

O prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral inauguraram recentemente as duas primeiras unidades da Clínica da Família nos bairros de Santa Cruz e Paciência, na zona oeste do Rio de Janeiro. Parte do programa Saúde Presente, administrado pela SPDM, os centros foram anunciados como clínicas onde a população será atendida pelas mesmas equipes médicas, possibilitando um acompanhamento de cada paciente e desafogando postos de saúde e hospitais. No total, serão 70 clínicas com o mesmo perfil.

A SPDM venceu licitações para implantar o Programa Saúde da Família e uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) na região oeste do município (Sepetiba, Santa Cruz e Paciência), com cerca de 390 mil habitantes. Trata-se de uma área carente, na direção de Angra dos Reis, com grande potencial de desenvolvimento econômico na próxima década devido à presença de empresas como a Vale, de uma unidade da Petrobras e do porto de Sepetiba, que se encontra em obras, além da Companhia Siderúrgica Nacional, que deve se instalar na região.
   

Hospital do Rim e Hipertensão recertificado pela ONA

O Hospital do Rim e Hipertensão (HRim), líder mundial em transplantes renais, realizando entre 700 e 900 transplantes por ano, obteve a recertificação nível 2 da Organização Nacional de Acreditação (ONA), que atesta a segurança de seus processos e a conformidade com a legislação vigente no Brasil. A acreditação é um procedimento que busca garantir a qualidade da assistência prestada, por meio de padrões previamente definidos e adequados à realidade nacional. É voluntário, com avaliações técnicas periódicas pelos pares, com base em padrões elaborados por consenso entre especialistas.

“O exercício da qualidade é uma constante desde 1998, quando o hospital foi inaugurado. Nossa próxima meta é a certificação nível 3, que atesta a excelência de qualidade dos serviços prestados”, informa o dr. José Osmar Medina Pestana, diretor-superintendente do Hospital do Rim e Hipertensão. Atualmente, o HRim conta com 143 leitos e 773 colaboradores.
   

Internato dos estudantes de Medicina da UFSCar no Hospital Estadual de Diadema (SPDM)

O presidente da SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, dr. Rubens Belfort Jr., e o reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), prof. dr. Targino de Araújo Filho, assinaram termo de cooperação técnica que garante o reinício das atividades de internato dos alunos do quinto ano de graduação do curso de Medicina da UFSCar.

Os alunos serão alocados – em sistema de rodízio a cada dois meses, como previsto no projeto político-pedagógico do curso de graduação – no Hospital Estadual de Diadema, administrado pela SPDM, sob a superintendência do dr. Nacime Salomão Mansur.

“A SPDM atendeu à solicitação da Unifesp e da UFSCar, no sentido de atuar em conjunto para a melhoria do ensino e da pesquisa em saúde, em benefício da população e das novas gerações de médicos”, ressalta o dr. Belfort.
   

Saúde Suplementar do Hospital São Paulo/SPDM registra aumento de 30% no
primeiro trimestre de 2010

A Divisão de Saúde Suplementar e de Apoio a Pesquisa Clínica do Hospital São Paulo/SPDM registrou aumento de 30% na receita do primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período de 2009. Entre os anos de 2008/2009 o aumento constatado já havia sido de 15% na receita e vários fatores contribuíram para a obtenção desse índice. Entre eles, destacam-se o aumento do número de beneficiários de planos de saúde suplementar, e de nossa parte, a melhor adequação de atendimento, faturamento e cobrança, além do pagamento adequado e atualizado de fornecedores e de honorários aos profissionais de saúde que trabalham em nossa divisão.

Na opinião do dr. Carlos Garcia Oliva, superintendente financeiro da SPDM, o crescimento do número de pessoas que têm plano de saúde é reflexo da melhoria do padrão de vida da população brasileira, com aumento da quantidade de empregos formais (com carteira assinada e benefícios). Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados (Caged), só em maio o Brasil registrou a criação de 298.041 vagas com carteira assinada. No acumulado do ano até maio, foi contabilizado 1,260 milhão de novos empregos.

Para contribuir para o atendimento da demanda gerada por essa faixa da população, cerca de 42 milhões de usuários, o Hospital São Paulo/SPDM tem uma divisão que atende beneficiários de 56 planos de saúde e, para tanto possui unidades de ambulatório , de exames, de Pronto-Atendimento e 40 leitos (oito de UTI). Com taxa de ocupação em torno de 62% , possui cerca de 600 médicos cadastrados nas mais diversas especialidades. Esse corpo clínico é de grande competência e atende também pacientes de alta complexidade, vocação do Hospital São Paulo/SPDM.

“As taxas de ocupação e de faturamento elevaram-se em razão dos atendimentos progressivamente maiores de doentes cirúrgicos e de procedimentos gerenciados (mais conhecidos como pacotes) método este mais frequentemente empregado para cirurgias eletivas mais comuns, como hérnia inguinal, retirada da vesícula biliar, revascularização do miocárdio e cirurgia de catarata, entre outras”, explica o dr. José Carlos Del Grande, coordenador médico dos convênios da SPDM. “Oferecemos aos paciente e às operadoras de saúde profissionais altamente qualificados, em um hospital de referência, atrativos e ajudam explicar esse aumento da receita”, completa Jackson Carlos Joaquim, gerente administrativo do setor.

Eles destacam que esses resultados positivos traduzem o esforço da atual gestão para “colocar a casa em ordem”. Foi um amplo trabalho de reestruturação, que envolveu as áreas de apoio, enfermagem, suprimentos, farmácia, nutrição e qualidade e a agilização nos exames laboratoriais e de imagem, informática e faturamento. O bom relacionamento com médicos e com as operadoras de saúde também fez parte dessas mudanças. Finalmente, é importante destacar o trabalho relacionado à pesquisa clínica. “Em caso de internação em nossas unidades, fornecemos apoio, desde confecção do orçamento, passando pela recepção dos pacientes, pelo agendamento de exames, pela marcação de procedimentos, até o faturamento. Todo esse trâmite é feito em conexão com Núcleo de Pesquisa e a FAP. Portanto, parte do aumento da receita mais recentemente observado deve-se também a recursos advindos da pesquisa clínica”, ressalta o dr. Del Grande.

Os planos para o futuro incluem a manutenção das medidas adotadas e a melhoria de qualidade das unidades de internação. “Queremos melhorar a hotelaria para aumentar cada vez mais a taxa de ocupação. Nossa idéia é fazer uma coisa boa, sem luxo, mas com qualidade técnica e humanização”, explica o dr. Del Grande.

Segundo o dr. Rubens Belfort Jr, presidente da SPDM, nos próximos dois anos o Hospital São Paulo deverá crescer cerca de 35 % nessa área, atendendo mais e mais pacientes também de ensaios clínicos e, integrado, através do Conselho de Ensino e Pesquisa, às atividades de pós-graduação da UNIFESP, em convênios específicos. Para isso, deve seguir um plano de reestruturação tecnológica contando inclusive com a possibilidade de importação de tecnologias, insumos e equipamentos, que importados diretamente pela SPDM poderão ser utilizados tanto em atividades filantrópicas, quanto no SUS e na saúde suplementar. “O grande diferencial do HSP é sua enorme capacidade científica e médica do corpo clínico médico e de enfermagem, bem como outras especialidades da área da saúde, provenientes da UNIFESP, maior centro de pós-graduação em saúde do Brasil”.
   

Aconteceu na SPDM

17/06/2010

Conferência SPDM proferida pelo dr. Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sobre o tema “Organização e financiamento do sistema de saúde no Brasil – A Anvisa e as ações de proteção e defesa da saúde”.
 
Dr. Dirceu Raposo de Mello, Diretor-Presidente da Anvisa
 
O palestrante traçou um perfil da instituição, criada em 1999, com a missão de “proteger e promover a saúde da população, garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços e participando da construção do acesso a esses produtos e serviços”, ancorada nos pilares da excelência, da descentralização e da transparência. Segundo ele, desde maio de 2010 a Anvisa é certificada como agência sanitária de referência pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com avaliação máxima. Também é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como agência de referência. Tem convênio de cooperação para dar suporte a países que não têm sistema de vigilância sanitária, por meio de consultoria.

A Anvisa faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS) – universal, público e integral – e está vinculada ao Ministério da Saúde, mas é subordinada ao Congresso Nacional, pelo qual é sabatinada. Além de coordenar o sistema nacional de vigilância sanitária, é responsável pelo registro e pela inspeção de agrotóxicos e toxicologia, alimentos, cosméticos, derivados do tabaco, laboratórios, medicamentos, portos, aeroportos e fronteiras, produtos para saúde, saneantes, sangue, tecidos e órgãos e serviços de saúde.

O palestrante citou como exemplo da atuação da Anvisa a diminuição do consumo de anfetaminas no Brasil, de 36 para 11 toneladas. Como novidade, informou que a Anvisa está introduzindo um controle de antibióticos, por meio de notificação compulsória online, para evitar o comércio e o uso abusivo desses medicamentos. “Nosso limite é o limite da lei.”

O evento contou com a presença do reitor da Unifesp, Walter Manna Albertoni, e dos drs. Flávio Faloppa, José Roberto Ferraro, Rubens Belfort Jr. e Elisaldo Carlini, que saudou o palestrante.

Após a conferência, o fórum foi aberto para um debate entre os participantes.
 
Dr. José Roberto Ferraro, Superintendente do Hospital São Paulo, Dr. Elisaldo Carlini, Dr. Dirceu Raposo de Mello, Diretor-Presidente da Anvisa, Dr. Walter Albertoni, Reitor da Unifesp e Dr. Rubens Belfort Jr, Presidente da SPDM
Dr. Mauro Campos
Dr. Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros
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